O setor da construção civil no Brasil está passando por uma transformação profunda. Impulsionada pela busca por mais eficiência, sustentabilidade e inovação tecnológica, a construção industrializada surge como uma das grandes apostas para 2025.
Entre os destaques está o sistema construtivo Light Steel Framing (LSF), que se consolida como uma solução moderna, ágil e sustentável. Esse método, que utiliza estruturas de aço galvanizado e componentes pré-fabricados, tem se mostrado ideal para diferentes tipos de obras — das habitações populares às fachadas de edifícios de grande porte. Estados como Santa Catarina já avançam com projetos nesse modelo, servindo de referência para outras regiões do país.
Além da velocidade na entrega das obras, o LSF proporciona racionalização no uso de materiais, redução significativa de resíduos nos canteiros, menor consumo de água e baixa emissão de carbono. Isso coloca o modelo em sintonia com as exigências ambientais atuais e com a agenda ESG (ambiental, social e de governança).
O uso de tecnologias como Building Information Modeling (BIM), Inteligência Artificial (IA) e realidade aumentada também está ganhando espaço. Essas ferramentas possibilitam um planejamento mais preciso, simulações detalhadas e maior controle sobre a execução das obras, promovendo melhores resultados e menos desperdício.
Contudo, nem tudo são facilidades. O setor ainda enfrenta desafios relevantes, como a falta de mão de obra qualificada — um problema apontado por mais de 60% das empresas — além de questões econômicas, como o impacto da taxa de juros, reforma tributária e dificuldade no acesso ao crédito.
Para acompanhar essas mudanças e manter a competitividade, as empresas precisam investir em capacitação, adotar soluções tecnológicas e fortalecer o compromisso com a sustentabilidade. A construção industrializada não é apenas uma tendência: é um caminho estratégico para o futuro da construção civil no Brasil.
